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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Menino das Meias Vermelhas.




Todos os dias, ele ia para o colégio com meias vermelhas.


 
Era um garoto triste, procurava estudar muito, mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava.
Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.
Ele contou com simplicidade:


"No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela".


Os garotos retrucaram:
"Você não está num circo! Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?"
Mas o menino das meias vermelhas explicou:

"É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim vai me encontrar e me levará com ela".

Carlos Heitor Cony


Quantas crianças adolescentes adultos idosos estão de meias vermelhas na esperança que alguém as veja em meio a multidão, ou quem sabe tem alguém dentro da nossa casa que coloca meias vermelhas todos os dias e nem percebemos. A vida prepara lições difíceis para que possamos aprender a doar o que temos de bom. Sejamos como as crianças cheias de esperança!



Esperança: Desposição do espírito que induz a esperança que uma coisa se há-de realizar ou suceder - Expectativa - Confiança.


Diga o que você pensa com esperança.
Pense no que você faz com fé.
Faça o que você deve fazer com amor!


 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ciclo Sem Fim

Desde o dia em que ao mundo chegamos
Caminhamos ao rumo do sol





Há mais coisas pra ver
mais que a imaginação
muito mais que o tempo permitir



E são tantos caminhos pra se seguir
e lugares pra se descobrir


e o sol a girar sobre o azul deste céu
nos mantém neste rio a fluir



É O Ciclo Sem Fim
Que nos guiará


a dor e a emoção



pela fé e o amor


até encontrar
o nosso caminho

neste ciclo, neste ciclo sem fim






Tá Reclamando de quê?

Tem pessoas que reclamam de falta de oportunidade na vida, são varias as reclamações; falta de tempo, falta de dinheiro, condução, distancia. São diversos os obstáculos que fazem as pessoas desanimarem.

Tem os rebeldes sem causa onde tudo é desculpa para reclamar e desistir...




Será que os obstáculos é o real motivo para não tentar, para ficar parado...
È claro que o problema social vai muito alem, e é muito mais complexo.


Emfim tem muitas pessoas que tem oportunidades e vive reclamando.







Tive a oportunidade de ver uma  reportagem na semana passada que me fez refletir muito, porque conheço pessoas bem próximas de mim que tem oportunidades e não valorizam as vantagens que tem.

Acho que a visão de valorização de busca dos ideais de sonhos e luta pela realização vem da alma e isso depende do amadurecimento de cada individuo, o triste é que a grande maioria só vê isso quando já não tem tanta força, quando o pique já não é o pique de um jovem. 

Vamos ver a reportagem.
Escrito por: Oloares Ferreira.
 

Um verdadeiro exemplo de vida e determinação. Quem passa a pé ou de carro pelo cruzamento da Rua 2 com a avenida Tocantins, no Centro de Goiânia, já deve ter sido abordado por uma jovem bonita, sorridente e muito educada oferecendo jujubas. Mas, afinal, quem é essa vendedora?

Ela é Renata Cristina Nunes Porto, de 19 anos. Filha de um guarda municipal e uma dona de casa. Renata mora na região leste da capital e todos os dias acorda por volta da 5h30 da manhã, toma café e ainda escuro sai de casa a pé até o ponto de ônibus. Anda vários quarteirões.



Pega três ônibus ate chegar ao centro de Goiânia, onde vende as jujubas. “ é cansativo, são três ônibus pela manhã e três no final da tarde quando volto pra casa. Mas vale a pena todo esse esforço.” Diz Renata que fica em meia oito horas por dia debaixo do sol escaldante para vender em media sessenta jujubas por dia.

Quando oferece as jujubas que custa R$ 1.00 cada uma, ela justifica o esforço. É para conseguir pagar a faculdade de arquitetura. A mensalidade custa R$ 810,00 se ela conseguir pagar até o dia 05 de cada mês. Após essa data o valor chega ate R$ 1.100,00. “estou realizando o sinhô de ser arquiteta. Muita gente sente vergonha do que estou fazendo, mas apesar do cansaço e da descriminação
Tenho consciências que essa é a forma que encontrei para dar uma vida digna a minha família, salienta Renata que aproveita o sinal fechado para abordar os motoristas. Uns compram, outro ignoram e tem até aqueles mais ousados que fazem propostas indecentes para a jovem.

Questionada sobre assedio Renata surpreende mais uma vez. “ Aprendi a ouvir todas as pessoas e coloco tudo numa peneira. Separo apenas o que é bom. O que não me interessa descarto, esqueço. Nas ruas encontro pessoas ruins, mais tem muita gente solidária que ajuda compra só mesmo para me ajudar”, complementa.

Dos R$: 60,00 reais que arrecada em média todos os dias, metade ela usa para comprar mais mercadoria e a outra metade ela deposita para ajudar a pagar a faculdade. A rotina dessa jovem é de fato cansativa. Quando chega em casa no final da tarde ela não descansa. Tem pouco tempo para arrumar e ir para faculdade que fica as margens da BR- 153. “Só chego em casa depois da meia noite, muito cansada, mas realizada pois consegui enfrentar mais um dia de trabalho e estudo”, salienta Renata que se emociona ao lembrar que mesmo longe  esta sempre pensando na mãe, que tem vários problemas de saúde e para piorar sofreu um acidente em um ônibus recentemente.

A simpatia de Renata conquista quem a conhece. Tanto que ela fez amizade com os funcionários da Procuradoria Geral do Estado, que fica em frente ao cruzamento onde ela vende as jujubas. No local ela deixa a mochila com os objetos pessoais e as caixas de doces. É onde ela descansa quando o sol desafia sua força física. “A Renata é um exemplo de vida. Ela é uma guerreira”, afirma uma funcionaria da PGE.

Muitos que passam pelo local e são abordados por ela imagina que é uma mentira o fato da jovem esta vendendo os doces para pagar a faculdade. “Tem pessoas que perguntam o que uma moça bonita esta fazendo aquilo, tem até parentes que descriminam. Só que eu não vou desistir do meu sonho.” Diz Renata que usa chapéu e até luvas nos braços para evitar queimaduras provocadas pelo sol. 

Renata tem duas irmãs uma de 15 anos e outra de 7, que tem problema de saúde e faz uso de medicamentos controlados. Como não sobra dinheiro ela precisa esta indo com freqüência as lojas que vedem jujubas para renovar o estoque.

 

  Além da mensalidade da faculdade Renata ainda precisa conseguir dinheiro para comprar matérias para aulas, sobretudo matérias para desenho.

Oloares Ferreira sugere:
Ao conhecer a historia de Renata fiquei pensando que poderíamos ajudar esta jovem. Como doar dinheiro as vezes é complicado para muita gente, que tal comprarmos caixas fechadas de jujubas e doar para que ela possa vender e aumentar a renda? Vamos fazer isso?
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Marchas - Paulo Freire

Trechos da Ultima Entrevista de Paulo Freire.

Dia 17 de Abril de 1997 Paulo Freire deu sua última entrevista a Luciana Burlamaqui onde ele fala com tamanha clareza e simplicidade sobre as marchas.
"... Eu morreria feliz se eu visse o Brasil cheio em seu tempo histórico  de marchas. Marcha dos que não tem escola, marcha dos reprovados, marchas dos que querem amar e não podem, marcha dos que recusam a uma obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e estão proibidos de ser.
...Eu acho que as marchas são andarilhagens históricas pelo mundo ...O meu desejo, o meu sonho como eu disse antes é que outras marchas pela superação da sem-vergonhice que se democratizou terrivelmente nesse pais. Essas marchas nos afirmam como gente, como sociedade, e querendo democratizar-se.
Eu estou absolutamente feliz por estar vivo ainda e ter acompanhado essa marcha (Marcha dos sem terras) que como outras marchas históricas revelam o ímpeto da vontade amorosa de mudar o mundo."


Ai gente eu queria ele pra mim!!!
                                                                                                                                                                             
Hoje dia 26 de agosto: Dia Internacional da Igualdade da Mulher.
Quero homenagear as mulheres, uma homenagem com algumas imagens  na qual poderemos ver uma trajetória de luta, esforço, amor,  vontade e conquistas! Se não fossem os movimentos e as marchas as conquistas não teriam acontecido.














Veja agora a marcha das margaridas.

Viva a marcha das margaridas!!

Que nós possamos pegar como exemplo a luta dessas mulheres lutar por um mundo melhor onde homens, mulheres, crianças e todo o planeta possa viver em harmonia e dignidade.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sorriso

“Quando sorrimos para alguém, com sinceridade e intenção de espelhar a felicidade interna, nem sabemos o impacto que ele pode ter... "O Pequeno Príncipe" é uma obra de referencia e transversal a várias gerações... Mas, nem todos sabem que o seu autor Antoine de Saint Exupéryfoi salvo por... um sorriso... aqui fica uma narrativa do que um sorriso é capaz de fazer.”



Ele lutou na Guerra Civil Espanhola, quando foi capturado pelo inimigo e levado ao cárcere para ser executado no dia seguinte. Nervoso, ele procurou em sua bolsa um cigarro, e achou um, mas suas mãos estavam tremendo tanto que ele não podia nem mesmo levá-lo à boca. Procurou fósforos, mas não tinha. Ele olhou então para o carcereiro e disse: "Por favor, usted tiene fósforo?". O carcereiro olhou para ele e chegou perto para acender seu cigarro. Naquela fração de segundo, seus olhos se encontraram, e St. Exupéry sorriu.


Depois ele disse que não sabia por que sorriu, mas pode ser que quando se chega perto de outro ser humano seja difícil não sorrir. Naquele instante, uma chama pulou no espaço entre o coração dos dois homens e gerou um sorriso no rosto do carcereiro também. Ele acendeu o cigarro de St. Exupéry e ficou perto, olhando diretamente em seus olhos, e continuou sorrindo. St. Exupéry também continuou sorrindo para ele, vendo-o agora como pessoa, e não como carcereiro.


Parece que o carcereiro também começou a olhar St. Exupéry como pessoa, porque lhe perguntou: "Você tem filhos?". "Sim", St. Exupéry respondeu, e tirou da bolsa fotos de seus filhos. O carcereiro mostrou fotos de seus filhos também, e contou todos os seus planos e esperanças para o futuro deles. Os olhos de St. Exupéry se encheram de lágrimas quando disse que não tinha mais planos, porque ele jamais os veria de novo. 


Os olhos do carcereiro se encheram de lágrimas também. E de repente, sem 
nenhuma palavra, ele abriu a cela e guiou St. Exupéry para fora do cárcere, através das sinuosas ruas, para fora da cidade, e o libertou. Sem nenhuma palavra, o carcereiro deu meia-volta e retornou por onde veio.

  Quando perguntaram ao escritor como ele conseguiu escapar do cárcere que o levaria a morte, St. Exupéry respondeu em alto e bom tom:


"Minha vida foi salva por um sorriso"
 
 


Estatua representando Antoine de Saint Exupéry
em Lyon - França.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Competição e Cooperação.

UBUNTU


A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

 
 


Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.


As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.






O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"


Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?



Ubuntu significa: "Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!



Olha só o que Pierre Weil diz sobre competição e cooperação.
(trechos de um maravilhoso texto)

"No plano cultural dos valores éticos, a competição gera uma cultura de trapaça, jogos de poder, esperteza, desonestidade, fraude e corrupção. A fantasia da separatividade se torna um consenso; todo mundo acredita em separatividade e separação entre disciplinas científicas. Os partidários da competição afirmam que ela estimula o progresso cultural e científico. Mas será ela o único estímulo existente para este fim?

No plano individual se sabe que a competição gera a úlcera duodenal e o enfarto do miocárdio, doenças dos executivos. É verdade também que as competições esportivas aumentam a musculatura do corpo e podem contribuir para a saúde. Mas são elas indispensáveis para isto já que se observa pessoas fazendo cooper sem nenhum espírito de competição?

Na área individual, a cooperação gera um estado físico de saúde estimulando um funcionamento glandular harmonioso, pois gera sentimentos e emoções altamente construtivas tais como o amor, a compaixão, a alegria e a equanimidade; as gera ou resulta delas. No plano da mente, a cooperação estimula a dissolução da dualidade que se opõe o "eu" e o "outro". Na cooperação há momentos em que se constata que só há um espírito o qual é integrado pelos espíritos individuais em aparência separados."

FORMA COMPETITIVA:
FORMA COOPERATIVA:
Individualista
participação limitada
desordem
ganhador-perdedor
desunião
trapaça-esperteza
frustrante
limitante
repúdio
conformismo
"o jogo sou eu"
Grupal
todos participam
organização
todos ganham
união
honestidade
reconfortante
amplo
acolhida-confiança
desafio coletivo
"o jogo somos nós"

Pierre Weil


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gentileza

Gentileza é um vocábulo que não tem registro no dicionário de muitos.
Gentileza nunca deve acabar!


Só que para isso não acontecer devemos tomar muito cuidado Com o corre corre da vida,
e fazer gentilezas no nosso dia a dia. São coisas tão simples que nem nos faz perder o
tempo que achamos perder. E será que sermos gentis é perda de tempo?
Ser gentil é ser educado.

10 gentilezas entre milhares para refletirmos

Pensar antes de falar. Elogiar mais do que criticar. Oferecer ajuda.  Tratar as pessoas com educação.
Fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o duro que você deu.  Cuidar no nosso planeta Ser mais generoso. Dar lugar para alguém sentar, dar passagem para alguém passar!
Sorrir. Dizer bom dia, boa tarde, boa noite, obrigada... Há tanta coisa que podemos fazer...



 Olha só essa história...

 Salvo pela gentileza.


  Conta-se uma história de um empregado em um frigorífico da Noruega.

 Certo dia ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica.
 Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara.
 Bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu, todos já
 haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse
 escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura
 insuportável. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o
 resgatou com vida.


 Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia por que ele foi
 abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho


 Ele explicou:
 - Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem
 aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã
 e se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando
 chegou. Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que
 poderia ter lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei...
"Traga consigo um simples pensamento ou ato de gentileza, sem ao menos esperar uma recompensa
material ou valiosa. Porque a maior recompensa conhecida pelo homem é o sorriso."