Tem pessoas que reclamam de falta de oportunidade na vida, são varias as reclamações; falta de tempo, falta de dinheiro, condução, distancia. São diversos os obstáculos que fazem as pessoas desanimarem.
Tem os rebeldes sem causa onde tudo é desculpa para reclamar e desistir...
Será que os obstáculos é o real motivo para não tentar, para ficar parado...
È claro que o problema social vai muito alem, e é muito mais complexo.
Emfim tem muitas pessoas que tem oportunidades e vive reclamando.
Tive a oportunidade de ver uma reportagem na semana passada que me fez refletir muito, porque conheço pessoas bem próximas de mim que tem oportunidades e não valorizam as vantagens que tem.
Acho que a visão de valorização de busca dos ideais de sonhos e luta pela realização vem da alma e isso depende do amadurecimento de cada individuo, o triste é que a grande maioria só vê isso quando já não tem tanta força, quando o pique já não é o pique de um jovem.
Vamos ver a reportagem.
Escrito por: Oloares Ferreira.
Um verdadeiro exemplo de vida e determinação. Quem passa a pé ou de carro pelo cruzamento da Rua 2 com a avenida Tocantins, no Centro de Goiânia, já deve ter sido abordado por uma jovem bonita, sorridente e muito educada oferecendo jujubas. Mas, afinal, quem é essa vendedora?
Ela é Renata Cristina Nunes Porto, de 19 anos. Filha de um guarda municipal e uma dona de casa. Renata mora na região leste da capital e todos os dias acorda por volta da 5h30 da manhã, toma café e ainda escuro sai de casa a pé até o ponto de ônibus. Anda vários quarteirões.
Pega três ônibus ate chegar ao centro de Goiânia, onde vende as jujubas. “ é cansativo, são três ônibus pela manhã e três no final da tarde quando volto pra casa. Mas vale a pena todo esse esforço.” Diz Renata que fica em meia oito horas por dia debaixo do sol escaldante para vender em media sessenta jujubas por dia.
Quando oferece as jujubas que custa R$ 1.00 cada uma, ela justifica o esforço. É para conseguir pagar a faculdade de arquitetura. A mensalidade custa R$ 810,00 se ela conseguir pagar até o dia 05 de cada mês. Após essa data o valor chega ate R$ 1.100,00. “estou realizando o sinhô de ser arquiteta. Muita gente sente vergonha do que estou fazendo, mas apesar do cansaço e da descriminação
Tenho consciências que essa é a forma que encontrei para dar uma vida digna a minha família, salienta Renata que aproveita o sinal fechado para abordar os motoristas. Uns compram, outro ignoram e tem até aqueles mais ousados que fazem propostas indecentes para a jovem.
Questionada sobre assedio Renata surpreende mais uma vez. “ Aprendi a ouvir todas as pessoas e coloco tudo numa peneira. Separo apenas o que é bom. O que não me interessa descarto, esqueço. Nas ruas encontro pessoas ruins, mais tem muita gente solidária que ajuda compra só mesmo para me ajudar”, complementa.
Dos R$: 60,00 reais que arrecada em média todos os dias, metade ela usa para comprar mais mercadoria e a outra metade ela deposita para ajudar a pagar a faculdade. A rotina dessa jovem é de fato cansativa. Quando chega em casa no final da tarde ela não descansa. Tem pouco tempo para arrumar e ir para faculdade que fica as margens da BR- 153. “Só chego em casa depois da meia noite, muito cansada, mas realizada pois consegui enfrentar mais um dia de trabalho e estudo”, salienta Renata que se emociona ao lembrar que mesmo longe esta sempre pensando na mãe, que tem vários problemas de saúde e para piorar sofreu um acidente em um ônibus recentemente.
A simpatia de Renata conquista quem a conhece. Tanto que ela fez amizade com os funcionários da Procuradoria Geral do Estado, que fica em frente ao cruzamento onde ela vende as jujubas. No local ela deixa a mochila com os objetos pessoais e as caixas de doces. É onde ela descansa quando o sol desafia sua força física. “A Renata é um exemplo de vida. Ela é uma guerreira”, afirma uma funcionaria da PGE.
Muitos que passam pelo local e são abordados por ela imagina que é uma mentira o fato da jovem esta vendendo os doces para pagar a faculdade. “Tem pessoas que perguntam o que uma moça bonita esta fazendo aquilo, tem até parentes que descriminam. Só que eu não vou desistir do meu sonho.” Diz Renata que usa chapéu e até luvas nos braços para evitar queimaduras provocadas pelo sol.
Renata tem duas irmãs uma de 15 anos e outra de 7, que tem problema de saúde e faz uso de medicamentos controlados. Como não sobra dinheiro ela precisa esta indo com freqüência as lojas que vedem jujubas para renovar o estoque.
Além da mensalidade da faculdade Renata ainda precisa conseguir dinheiro para comprar matérias para aulas, sobretudo matérias para desenho.
Oloares Ferreira sugere:
Ao conhecer a historia de Renata fiquei pensando que poderíamos ajudar esta jovem. Como doar dinheiro as vezes é complicado para muita gente, que tal comprarmos caixas fechadas de jujubas e doar para que ela possa vender e aumentar a renda? Vamos fazer isso?